"Domine Deus Omnipotens em Cuius Manu Omnis Victoria Consis"

sábado, 27 de junho de 2015

sábado, 20 de junho de 2015

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Com o coração em frangalhos A tristeza assola minh'alma Saudades do meu Fofão

quarta-feira, 3 de junho de 2015

As veses sinto que as palavras estao sendo jogadas ao vento.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

sábado, 30 de maio de 2015

Passaro cativo

Armas, num galho de árvore, o alçapão. E, em breve, uma avezinha descuidada, batendo as asas cai na escravidão.

Dás-lhe então, por esplêndida morada, a gaiola dourada. Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo.

Por que é que, tendo tudo, há de ficar o passarinho mudo, arrepiado e triste, sem cantar?

É que, criança, os pássaros não falam. Só gorgeando a sua dor exalam, sem que os homens os possam entender. Se os pássaros falassem, talvez os teus ouvidos escutassem este cativo pássaro dizer:

"Não quero o teu alpiste!

Gosto mais do alimento que procuro na mata livre em que a voar me viste. Tenho água fresca num recanto escuro.

Da selva em que nasci; da mata entre os verdores, tenho frutos e flores, sem precisar de ti!

Não quero a tua esplêndida gaiola! Pois nenhuma riqueza me consola de haver perdido aquilo que perdi... Prefiro o ninho humilde, construído de folhas secas, plácido, e escondido.

Entre os galhos das árvores amigas... Solta-me ao vento e ao sol! Com que direito à escravidão me obrigas?

Quero saudar as pompas do arrebol! Quero, ao cair da tarde, entoar minhas tristíssimas cantigas!

Por que me prendes? Solta-me, covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade! Não me roubes a minha liberdade...

QUERO VOAR! VOAR!..."

Estas coisas o pássaro diria, se pudesse falar. E a tua alma, criança, tremeria, vendo tanta aflição. E a tua mão, tremendo, lhe abriria a porta da prisão...

Olavo Bilac


"As veses somos passaros presos em belas casas, envolto em belas roupas, com uma tristeza ao fundo dos olhos, escondida entre segredos, somos passaros sonhando com o vento dançando entre as penas de nossos asas a muito recolhida
"

Senti as solas dos meus pes sairem do chão e o corpo planar pelo ar, como se jamais houvesse existido gravidade. Nesse momento entendi, estar presa ao chao é como estar acorrentada a esse mundo...

domingo, 24 de maio de 2015

Quando  vi desfigurada  pela  terrível mão  do  Tempo A altivez  de  eras  de  outrora; Quando  torres  antes  altíssimas  vi arrasadas E o bronze, eterno  escravo  da  fúria  mortal; Quando  vi o  oceano  faminto Avançar  um dia  sobre  a  areia  da  praia, Para  depois  o  solo  firme  vencer  o  terreno  líquido, A abundância  de  perda  e  a  perda  da  abundância; Quando  vi esse  intercâmbio  de  estados, Ou  o próprio  estado  desfeito A ruína  veio  me  ensinar Que  o  Tempo  virá  levar o  meu  amor. -  wílliam  shakespeare  "Soneto  64"

quinta-feira, 9 de abril de 2015